180 dias

Com vocês eu aprendi o que é ser e ter amigo. Amigo de verdade. Que há qualquer momento sempre vai estar lá, pra te ajudar. Conselhar-te, puxar-te a orelha. Ouvir-te. Dar gargalhadas. As mais escandalosas possíveis. Pagar micos, os melhores possíveis. E isso está acabando. E sei que é inevitável. Como o cantor Cazuza disse em sua música: "O tempo não para, não para não, não para". E dói tanto em saber que isso não é eterno. É uma dor que não se explica sabe?! É uma dor silenciosa. É uma dor que só se sente quando a gente para para refletir. Às vezes sinto que é melhor não parar para refletir e apenas aproveitar o tempo que temos. Mas é impossível. É inevitável. 6 meses. 6 meses. 6 meses. E parece que não aproveitamos nada como disse meu amigo. Mas aproveitamos e muito. E como aproveitamos. E estamos aproveitando. A cada milisegundo. A cada segundo. A cada minuto. A cada hora. A cada dia que se passa. São tantas as conversas que temos. Somos tão maduros, mas tão ingênuos. Somos menininhos e menininhas às portas de uma universidade. Tudo por causa do tempo. Algo pertinente desde que nascemos. Tempo. 6 meses. 6 meses. Caminhos diferentes. Diferentes. Separados pelo tempo? Nunca. Amizade continuará? Sempre, sempre, sempre. Até à eternidade.